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Universidade Federal do Ceará
Programa de Pós-Graduação em Economia Rural

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Informe sobre defesa de Mestrado em Economia Rural

Data da publicação: 1 de setembro de 2021 Categoria: Notícias

Banca de DEFESA: ANTONIA LUANA FERNANDES PRAXEDES –

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: ANTONIA LUANA FERNANDES PRAXEDES

DATA: 03/09/2021

HORA: 10:00

LOCAL:  DEFESA ON-LINE

TÍTULO:

Sinergia e Resiliência à Instabilidade Climática na Produção Agrícola Familiar de Sequeiro no Semiárido do Ceará.

PALAVRAS-CHAVES:

Seca. Resiliência. Instabilidade pluviométrica.Agricultura de Sequeiro. Semiárido.

PÁGINAS: 92

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Economia

RESUMO:

Períodos de seca podem trazer bastantes impactos negativos para a população, principalmente para os agricultores familiares do semiárido que cultivam lavouras alimentares de sequeiro. A instabilidade climática temporal e espacial que caracteriza o semiárido também provoca instabilidades nas variáveis definidoras da produção dessas lavouras. O Ceará é o estado brasileiro que, proporcionalmente, detém a maior área inserida no semiárido, tanto de um ponto de vista técnico como de um ponto de vista de reconhecimento oficial pelo Governo Brasileiro. Neste Estado que é bastante heterogêneo, a distribuição de chuvas se dá de forma bastante diferenciada. Tanto assim que a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME) dividiu o estado em oito (8) sub-regiões, fundamentalmente ancoradas em diferenças climáticas. Dentre essas regiões a mais problemática, sob essa ótica, é a do Sertão Central e Inhamuns que é composta de quarenta (40) municípios, porém esta pesquisa trabalhou-se com apenas vinte e nove (29) municípios dessa região, em razão de onze municípios que a compõem terem sido recentemente emancipados e, por isso não detinham séries continuas das variáveis no período estudado.  Esta pesquisa se propôs a responder às seguintes perguntas: Como se dá a sinergia entre as instabilidades associadas às precipitações de chuvas com as variáveis definidoras das produções das principais lavouras de sequeiro no semiárido do Ceará? Existe capacidade de recuperação ou de resiliência dos agricultores cearenses que cultivam lavouras de sequeiro aos estresses provocados pelos anos de escassez hídrica? Com o intuito de responder a essas perguntas esta pesquisa trabalhou com os seguintes objetivos: a) Classificar as pluviometrias em período de escassez, chuvoso e de normalidade no período de 1974 a 2019; b) Avaliar as associações entre as instabilidades das precipitações de chuvas com as das variáveis definidoras da produção das lavouras de sequeiro de feijão, mandioca e milho; e c) Avaliar a capacidade de resiliência da produção dessas lavouras. Os dados das produções de feijão, mandioca e milho foram coletados junto às Pesquisas Agrícolas Municipais (PAM) do IBGE entre os anos de 1974 e 2019. Os referentes às precipitações anuais no mesmo período foram buscados junto à Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME) para o mesmo período.  As variáveis associadas à produção agrícola utilizadas na pesquisa foram: área colhida, produtividade da terra; valor da produção por hectare das culturas. Essas variáveis foram agregadas, e utilizou-se método de análise fatorial com decomposição em componentes principais para criação de um Índice de Sinergia (INS), que aferiu o comportamento das variáveis em períodos de estiagem vis a vis os normalidade e chuvoso, que foram contabilizados de forma agregada.  Foram realizados testes visuais através de gráficos e comprovação estatística da resiliência utilizando variável dummy para testar a hipótese de presença de resiliência. As instabilidades associadas às variáveis foram estimadas utilizando os respectivos coeficientes de variação (CV). Os resultados mostraram que dentre os 29 municípios estudados Iguatu apresentou a menor instabilidade pluviométrica no período analisado, ao passo que Monsenhor Tabosa é o mais instável. Em relação a instabilidade das variáveis associadas às produções das lavouras aferiu-se que as áreas colhidas de mandioca foram as que apresentaram as maiores instabilidades em todos os regimes estudados (estiagem, normalidade e chuvoso).  A conclusão principal da pesquisa é que a produção de feijão, mandioca e milho apresenta resiliência quando aferida de forma agregada pelo INS. Em relação às variáveis estudadas apenas as áreas colhidas com mandioca não apresentaram resiliência.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente  – JOSE DE JESUS SOUSA LEMOS
Interno  – KILMER COELHO CAMPOS
Externo à Instituição – ESPEDITO CEZÁRIO MARTINS – EMBRAPA

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