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Universidade Federal do Ceará
Programa de Pós-Graduação em Economia Rural

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2018


DISCENTE: EDUARDO RODRIGUES DE SOUSA NETO

DATA: 11/12/2018

HORA: 14:00

LOCAL: Sala de videoconferência do Centro de Ciências Agrárias

TÍTULO:Ensaios sobre a evolução da política de reforma agrária e a influência da propriedade da terra sobre a renda rural no Brasil.

PALAVRAS-CHAVES:Assentamentos. Análise Econométrica. Política Agrária. Propriedade de terra. Rendimentos rurais.

 

PÁGINAS: 56

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Economia

RESUMO:

Este projeto baseia-se nas versões preliminares dos ensaios que irão compor a dissertação. Inicialmente, é apresentado um panorama sobre a evolução da política de reforma agrária no Brasil a partir da década de 1990 e, em seguida, avalia-se a influência do título de propriedade da terra sobre a renda rural. Assim, no primeiro capítulo, analisaram-se os números de projetos de assentamentos criados e a área destinada à reforma agrária a cada ano, a partir de 1994 até 2016, visando identificar períodos de aceleração e de contração da política. Na metodologia, trabalhou-se com dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Colonização de Reforma Agrária (Incra), a partir dos quais foram criados gráficos para demonstrar o acúmulo na área destinada à reforma agrária e no número de assentamentos criados ao longo do período analisado. Observou-se que o crescimento na área teve uma aceleração a partir de 2004, o que pode estar associado ao lançamento do II Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA), em 2003. No entanto, esse crescimento decorreu em grande medida do acúmulo de área na região Norte do país, sugerindo que o aumento esteve mais relacionado com a regularização fundiária do que com a desapropriação de imóveis. Em relação ao aumento no número de assentamentos, observa-se dois momentos de aceleração, 1997 e 2004, movimentos que podem ser associados, respectivamente, às tensões sociais no campo da década de 1990, e, mais uma vez, ao lançamento do II PNRA. Observou-se, ainda, estagnação do crescimento no número de assentamentos e da área destinada à reforma agrária no Brasil a partir de 2010, sugerindo que as medidas adotadas no II PNRA já deixaram de impulsionar a execução dessa política. Já no segundo ensaio, para avaliar a relação entre título de propriedade de terra e renda rural, utilizaram-se dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, 2014) para estimar equações de rendimentos de modo a determinar o efeito estatístico da propriedade da terra sobre os rendimentos auferidos no meio rural. Foi, ainda, empregado o método de decomposição de Oaxaca-Blinder para estimar o diferencial de rendimentos entre proprietários e não proprietários. Verificou-se que indivíduos que detenham a propriedade da terra têm renda aproximadamente 17% superior à dos não proprietários. O método de Oaxaca-Blinder, por sua vez, mostrou um diferencial favorável aos não proprietários, apesar do componente não explicado apontar contribuição positiva da propriedade da terra, em aproximadamente 21%, para um diferencial de renda.

MEMBROS DA BANCA:
Interno – EDWARD MARTINS COSTA
Interno – FILIPE AUGUSTO XAVIER LIMA
Externo à Instituição – JOSE GERALDO WIZNIEWKKY – UFSM
Presidente  – VITOR HUGO MIRO COUTO SILVA


DISCENTE: RAQUEL NERIS TEIXEIRA

DATA: 27/08/2018

HORA: 14:00

LOCAL: Sala de videoconferência do Centro de Ciências Agrárias

TÍTULO:Vulnerabilidade nas comunidades rurais da área susceptível à desertificação do Sertão dos Inhamuns, Ceará

PALAVRAS-CHAVES:Vulnerabilidade. Exposição. Sensibilidade. Capacidade Adaptativa. Áreas Susceptíveis à Desertificação.

 

PÁGINAS: 101

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Economia

RESUMO:

O entendimento dos fatores que promovem a vulnerabilidade, assim como compreender a sensibilidade e a capacidade adaptativa das comunidades rurais expostas ao estresse hídrico nos núcleos de desertificação, propiciará a obtenção de informações capazes de apontar suas potencialidades, fraquezas, oportunidades e ameaças promovendo o desenvolvimento do meio rural de forma mais eficiente contribuindo, dessa forma, para a melhoria da qualidade de vida dessas populações. Com isso, o estudo objetiva caracterizar a vulnerabilidade das comunidades rurais inseridas na ASD do Sertão dos Inhamuns, no Estado do Ceará. Para tanto, a vulnerabilidade foi segmentada em três dimensões: exposição, sensibilidade e capacidade adaptativa. Dentro destas dimensões foram abordados determinados aspectos biofísicos: acesso à água, condição da vegetação nativa e cobertura natural; fatores socioeconômicos: acesso à serviços de saúde, suficiência alimentar, saneamento básico, acesso à educação, investimento em atividades produtivas, lucratividade, diversidade das fontes de renda, influência da seca sobre a renda, dependência dos benefícios sociais, condição predominante de posse da terra, acesso ao mercado, associativismo e migração;  e institucionais: apoio das instituições para com o setor rural, apoio institucional em decorrência da seca,  acesso ao crédito rural e assistência técnica. O propósito da diversidade de variáveis é analisar de forma integrada os aspectos que influenciam a vulnerabilidade na área do estudo. A pesquisa utilizou dados primários obtidos por meio de aplicação de formulários junto a lideranças de comunidades rurais localizadas nos Municípios de Arneiroz, Independência e Tauá, inseridos na ASD. Como procedimentos metodológicos, utilizou-se uma técnica de análise multivariada, a análise fatorial, com o intuito de classificar as comunidades a partir da construção de um Índice de Vulnerabilidade. Posteriormente foi utilizada a Análise de Cluster com o objetivo de agrupar as comunidades com nível baixo, intermediário e elevado de vulnerabilidade. Os resultados mostraram que os indicadores que tiveram maior peso na construção dos índices de exposição, sensibilidade e capacidade adaptativa foram aqueles relativos ao suporte institucional às atividades rurais, acesso à água e acesso ao mercado, respectivamente. Relativo à classificação das comunidades, observou-se que os grupos referentes ao nível intermediário e mais vulneráveis de vulnerabilidade é onde está inserido o maior número de comunidades, com 54,95% e 29,67% do total analisado, respectivamente.  A média geral do Índice de Vulnerabilidade foi de 0,539, sendo que o município de Independência apresentou média superior de 0,562. Diante deste cenário, conclui-se que a ausência de apoio institucional às atividades rurais, o acesso limitado à água, a ineficiência da produção e comercialização resultando em baixos níveis de lucratividade, a falta de associativismo, a precariedade dos serviços de saúde, além da carência de uma educação contextualizada voltada para as questões do campo são fatores preponderantes na promoção da vulnerabilidade naquela região. Observou-se, ainda, que a falta de profissionalização dos produtores ainda é um entrave para o desenvolvimento socioeconômico da região. Analisando o quadro de vulnerabilidade da ASD do Sertão dos Inhamuns, é perceptível e urgente a necessidade de elaboração de políticas específicas para o seu contexto que visem não apenas os aspectos de infraestrutura básica e saúde, mas, principalmente, os aspectos relativos a uma educação contextualizada voltada para a realidade do semiárido com intuito de tornar os indivíduos conscientes da sua realidade, independentes e autossuficientes.

 

MEMBROS DA BANCA:
Presidente – JOSE NEWTON PIRES REIS
Interno  – AHMAD SAEED KHAN – UFC
Externo ao Programa – PATRICIA VERONICA PINHEIRO SALES LIMA
Externo à Instituição – ELIANE PINHEIRO DE SOUSA – URCA


DISCENTE: JOÃO PAULO RIOS E SILVA

DATA: 28/06/2018

HORA: 10:00

LOCAL: Departamento de Economia Agrícola

TÍTULO:Impactos do Crédito Rural no mercado de trabalho da agropecuária dos estados brasileiros

PALAVRAS-CHAVES:Crédito Rural.Mercado de Trabalho. Salários Reais.Emprego. PVAR.

PÁGINAS: 35

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Economia

RESUMO:

O trabalho examina as repercussões do crédito rural sobre o mercado de trabalho da Agropecuária dos estados brasileiros. Especificamente, são analisados os impactos desse instrumento de política sobre o nível de emprego e sobre os salários reais desse setor. Um painel com dados entre 2002 e 2015 para 26 unidades da federação e o Distrito Federal com as variáveis Salários Reais da Agropecuária, número de empregos formais na Agropecuária, Valor Adicionado da Agropecuária e volume de Crédito Rural é utilizado. As evidências serão extraídas das funções de impulso resposta acumuladas obtidas de modelos Panel Vector Autoregression (PVAR). Os resultados apontam que os salários reais e o valor adicionado da agropecuária respondem positivamente à choques no crédito rural e que, em condições semelhantes, o número empregos apresenta redução nos modelos agregados. Todavia, considerando modelos para subamostras regionais, há evidências de impactos positivos do crédito rural sobre o volume de empregos nos estados das regiões Norte e Nordeste, com agropecuária intensiva em trabalho, e de repercussões negativas considerando os estados das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste; ou seja, àqueles mais intensivos em capital.

 

MEMBROS DA BANCA:
Interno  – EDWARD MARTINS COSTA
Presidente – ELANO FERREIRA ARRUDA
Externo à Instituição – NICOLINO TROMPIERI NETO – IPECE


DISCENTE: BRUNA CAROLINA FRAZÃO SILVA PINHEIRO

DATA: 22/06/2018

HORA: 16:00

LOCAL: Departamento de Economia Agrícola

TÍTULO:A percepção dos atores sociais da construção do conhecimento agroecológico: uma análise sobre a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural e as Agriculturas Sustentáveis no Ceará

PALAVRAS-CHAVES:PNATER. Construção do Conhecimento. Agroecologia. Agricultura Orgânica. Semiárido. Análise de conteúdo.

PÁGINAS: 133

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Economia

RESUMO:

 As políticas públicas voltadas para modernização, com base no modelo de difusão de tecnologias, no qual o agente assistência técnica e extensão rural (ATER) era peça fundamenta para o processo, favoreceu o latifúndio e intensificou as desigualdades socioeconômicas do meio rural, no qual os agricultores familiares ficaram à margem desse processo. A retomada pelos esforços efetivos para fortalecimento da agricultura familiar e o atendimento das demandas da sociedade civil organizada por um modelo de agricultura sustentável veio através da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER), em 2003, que rompia com o paradigma de ATER anterior e focava em uma ATER, compatível com o conceito de desenvolvimento rural sustentável com base agroecológica, adoção de metodologia participativa, enfoque multidisciplinar, para construir, junto com os agricultores, métodos de produção agroecológicos. Diante disso, é importante inquirir sobre percepção dos atores sociais (gestores, acadêmicos, técnicos de ATER e agricultores) dos agroecossistemas cearenses sobre a PNATER e as agriculturas orgânicas e agroecológicas. A pesquisa faz parte do projeto de criação do Núcleo e Estudos em Agroecologia e Economia Ecológica no Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal do Ceará (UFC). Nesta pesquisa foi utilizada a análise de conteúdo, de Bardin (1977), das entrevistas aplicadas a partir de dois modelos de questionários semiestruturados, baseados na teoria do sistema de conhecimento ecológico de Röling e Jiggins (1998). A amostragem não probabilística empregada para a seleção dos entrevistados foi a “bola de neve”. As respostas dos entrevistados foram analisadas a partir da matriz de categorias e assim foi possível captar a percepção dos atores sociais da construção de conhecimento agroecológico. Por percepção geral, verificou-se maior concentração de temas emergentes no nível de agroecossistema familiar e comunidade e que os benefícios percebidos pelos entrevistados quanto às agriculturas sustentáveis foram individuais e comunitários. Desta forma, observa-se que as ações em prol da agricultura orgânica e agroecológica estão basicamente nos três primeiros níveis do sistema de conhecimento ecológico (práticas ecologicamente corretas, aprendizagem e facilitação da aprendizagem). O foco dos atores sociais estava na consolidação da produção e comercialização. A primeira se dá pelo aumento, diversificação e sazonalidade da produção, enquanto a segunda foca nos canais curtos de comercialização, sendo feiras e comerciantes locais ou mercado de produtos saudáveis na Região Metropolitana de Fortaleza. A percepção de futuro sobre as agriculturas sustentáveis, agroecologia e agricultura orgânica, foram convergentes, porém diferenciados em cada grupo. Os acadêmicos foram otimistas, mas ponderaram que existe a necessidade do desenvolvimento de tecnologias alternativas para tais modelos de agricultura, garantir ATER e recursos financeiros. Os gestores expressaram a necessidade de ampliação do mercado de produtos orgânicos e agroecológicos, tanto pela ótica da demanda, quanto pela ótica da oferta. Já os agricultores elencaram suas próprias demandas para continuarem com as práticas agroecológicas ou orgânicas. Com relação à percepção sobre a PNATER, apenas um dos entrevistados, que era acadêmico, citou a PNATER, ao abordar as diferenças entre os tipos de ATER, embora todos os atores sociais tenham falado sobre os serviços de ATER, a diferenciação entre a ATER agroecológica e as demais formas de ATER, sejam elas governamentais ou não governamentais, deixando evidente ainda é preciso consolidar a ATER no Brasil, ampliar a divulgação da PNATER, no que se refere à institucionalização da política. Todos os atores sociais, principalmente os agricultores ressaltaram a importância dos agentes de ATER para a transição do modelo convencional de agricultura para as agriculturas sustentáveis: agricultura orgânica e agroecológica.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente  – GUILLERMO GAMARRA ROJAS
Interno  – FILIPE AUGUSTO XAVIER LIMA
Externo ao Programa  – FRANCISCO CASIMIRO FILHO
Externo à Instituição – JORGE LUIZ SCHIRMER DE MATOS – UFRPE


DISCENTE: ANYI ELIZABETH MORALES MORA

DATA: 22/06/2018

HORA: 14:00

LOCAL: Departamento de Economia Agrícola

TÍTULO:Agroecologia e agricultura orgânica na perspectiva dos atores sociais no estado do Ceará

PALAVRAS-CHAVES:Agroecologia. Agricultura Orgânica. Agricultura Sustentável. Análise de Conteúdo.

PÁGINAS: 195

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Economia

RESUMO:

Esta pesquisa ancora-se na área da Agroecologia e objetiva sistematizar as percepções sobre as agriculturas agroecológicas e orgânicas dos agricultores, técnicos, gestores e acadêmicos que desenvolvem as suas funções em âmbitos relacionados com a agricultura e desenvolvimento sustentável no estado do Ceará. A pesquisa faz parte do projeto de criação do Núcleo de Estudos em Agroecologia e Economia Ecológica no Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal do Ceará (UFC).  Parte-se de um desenho metodológico de caráter descritivo, no qual deu-se a prioridade às técnicas de entrevista semiestruturada e a revisão bibliográfica para facilitar a processamento, sistematização e análise das percepções. Elaboram-se dois formatos de entrevista, um para agricultores e outro para os outros atores. A amostragem não probabilística empregada para a seleção dos entrevistados foi a “bola de neve”. Realizaram-se 43 entrevistas durante o período de fevereiro e março de 2018 e com a intermediação de várias organizações, principalmente, da Caritas e do CETRA. Os participantes são agricultores agroecológicos (16), orgânicos (8), gestores (5), académicos (8) e técnicos de ATER (6). O grupo de entrevistados está conformado por 15 mulheres e 28 homens, com idades que oscilam entre os 24 e 63 anos. O nível de estudos é variado, indicando que para o grupo de agricultores poucos terminaram o ensino médio e só quatro tem estudos de ensino superior (nível técnicos e universitário); entre os técnicos, um tem estudos técnicos e os outros cursaram estudos universitários; nos grupos de gestores e acadêmicos todos contam com estúdios superiores universitários. O método de análise selecionado foi a análise de conteúdo, na medida que a presente pesquisa procura compreender como os atores organizam e elaborar suas ideias e percepções sobre Agroecologia, agricultura orgânica e a sustentabilidade. As categorias e subcategorias temáticas emergentes da análise foram organizadas em cinco blocos temáticos maiores: Agricultura Sustentável, Convivência com o Semiárido, Construção do Conhecimento, Políticas Públicas favoráveis e Economias Familiar e Comunitária. Na categoria de Agricultura Sustentável, observou-se que as percepções sobre Agroecologia dos diferentes atores variam, dependendo da sua experiência de vida, de formação e introdução na Agroecologia: Nos agricultores, a Agroecologia é descrita desde a prática, em quanto para os técnicos, gestores e professores, predomina a percepção da Agroecologia como ciência sistémica que busca compreender a complexidade dos agroecossistemas e visa o desenvolvimento sustentável. Todos os atores participantes do estudo reconhecem a agricultura orgânica, em primeira instancia, pela substituição de insumos, pelo qual é classificada como parte da agricultura sustentável; em segunda instancia, pela sua busca de lucro baseada na presencia de nichos de mercado e preços diferenciado, evidenciando-se que entre seus objetivos não está a soberania alimentar e a superação das relações de subalternidade impostas pelo sistema agroalimentar hegemônico. Os atores sociais sinalam praticas produtivas e sociais sustentável adaptadas ao SAB e orientadas pelos princípios da agricultura sustentável. Em termos de segurança alimentar, na percepção de todos os atores, o consumo de produtos da Agroecologia e da agricultura orgânica incide positivamente na saúde pelo maior equilíbrio e valor nutricional intrínseco dos produtos e pela diversidade de alimentos. Os participantes, principalmente os agricultores e os técnicos, sinalizam a incidência da Agroecologia e da agricultura orgânica na saúde do trabalhador: Não só nas condições diretas de trabalho, mas no ambiente no sentido estendido. Os agricultores agroecológicos vivem e trabalham em um ambiente saudável, livre de contaminantes. Em todos os entrevistados, frente ao futuro da agricultura, observa-se uma expectava positiva em relação a uma mudança do paradigma convencional ao da sustentabilidade. Embora, ainda são diversos os obstáculos a superar: o predomínio da agricultura convencional com suas práticas predadoras com a natureza, a falta de oportunidades de trabalho para os jovens, e o desvirtuamento dos princípios de sustentabilidade na produção orgânica. Esta mudança tem como cenário de disputa o campo ideológico e a atuação do Estado, tendo como precondição a superação das assimetrias de poder, sobre as quais não pode existir um desenvolvimento rural sustentável. Na temática de Convivência com o Semiárido, o vínculo com a Agroecologia é positivo: para os participantes do estudo a Agroecologia prioriza os modos de vida, as tradições e relações sociais patentes na cultura local, promove práticas sustentáveis de produção adaptáveis ás características geoambientais do SAB, facilita a recuperação e sustentabilidade ambiental, promove o emprego de tecnologias para a convivência como semiárido, e finalmente, na convivência com o semiárido convergem a ciência e a prática agroecológica, e o espaço de vida. Frente as práticas sociais e produtivas sustentáveis, nas respostas dos participantes se estabelece uma distinção analítica entre as práticas produtivas e sócias para fins comunicativos, mas no discurso, permite-se inferir que os entrevistados compreendem que na realidade as práticas produtivas e sociais se manifestam de maneira interconectada a diferentes escalas. Por outro lado, os entrevistados expressam e organizam sua percepção partindo dos princípios agroecológicos, e alguns chegam até sugerir metodologias e explicitar praticas produtivas, tecnológicas e sociais consideradas adequadas. Na temática de Construção do Conhecimento, os agricultores têm tido uma aproximação à agricultura sustentável, principalmente à Agroecologia, através das ONGs e organizações de base, experiência facilitada pelo emprego de metodologias participativas e socioambientais, o respeito ao conhecimento local e a abordagem de temáticas como gênero e juventude. O segundo cenário de aprendizagem em importância para os agricultores é a família, especialmente quando um de seus membros multiplica o aprendido nas capacitações da ATER agroecológica. As ONGs mantem contato com as comunidades por períodos de tempo prolongados, aspecto que dificilmente observa-se com as agências do governo, a universidade e as instituições de pesquisa. Nos outros grupos, em particular os técnicos e gestores, observa-se que a maior parte dos entrevistados têm uma aproximação teórico-prático à Agroecologia. Pode-se inferir que a produção de conhecimento agroecológico se dá principalmente na relação e agricultores e agricultoras familiares e agentes de ATER não governamental, e em menor medida, com participação de agentes governamentais e da academia. A difusão da agricultura agroecológica tem sido feita principalmente por ONGs e Organizações de base camponesas. Estas instituições abordam temáticas como gênero e juventude, incidindo no fortalecimento do tecido social na comunidade, a participação política, sentido de pertença, a promoção da economia solidaria e dos canais de comercialização locais. Observa-se como fortaleza da ATER agroecológica frente as outras, o fato de procurar a sustentabilidade em sus diferentes dimensões (ecológica, social e econômica) e a diferentes escalas (prédio, comunidade e município). A universidade não tem o mesmo posicionamento na construção do conhecimento agroecológico, já que nem as universidades e instituições de pesquisa, nem de professores. A mesma percepção dos agricultores sobre Agroecologia é atravessada por este distanciamento, onde dificilmente a Agroecologia é identificada como ciência. Na temática de Políticas Públicas favoráveis à Agricultura Sustentável, evidenciou-se pouco conhecimento sobre as políticas e compreensão de seu funcionamento e articulação entre elas por parte de todos os entrevistados. Pode-se inferir que, em primeira instancia, a implementação destas mesmas está constringida à estrutura governamental e a gestão estatal, e em segunda instancia, dispõem-se maiores recurso às políticas destinadas ao agronegócio. Finalmente, sobre a influência da Agroecologia nas economias familiar e comunitária, a influência manifesta-se, a nível familiar, no incremento das rendas monetárias e não monetárias devido, principalmente, à redução dos custos intermediários na produção, a diversidade produtiva e o autoconsumo familiar.  A nível comunitário, o potencial impacto dar-se-ia na diminuição do gasto público em saúde, a geração de emprego rural, a dinamização da economia local e a promoção de uma visão econômica não monetarista. Em quando à comercialização, existe uma representação social na qual os produtos agroecológicos basicamente são vendidos em feiras guiadas pela economia solidaria e o comercio justo, enquanto os produtos orgânicos são vendidos em grandes supermercados, dirigidos a nicho de mercado. Pode-se constatar que a representação não é precisa, porque têm-se agricultores orgânicos vendendo seus produtos em feiras de agricultura familiar e existem agricultores agroecológicos que, de fato, estão produzindo e comercializando a escala. Ressalta-se a importância do papel dos agentes de ATER de ONG e de organizações de base, como os sindicatos, na estruturação e logística das feiras (articulações com a prefeitura, legais, financiamento, transporte, entre outros), exercendo seu papel de mediadores entre o agricultor e o Estado. Por outro lado, os atores sociais, principalmente os técnicos, gestores e acadêmicos ressaltam o potencial do mercado institucional de incentivar e fortalecer a agricultura familiar de base orgânica e agroecológica, possibilitando grandes impactos a nível familiar e comunitário nas dimensões social e econômica.

MEMBROS DA BANCA:
Interno  – FILIPE AUGUSTO XAVIER LIMA
Externo ao Programa  – FRANCISCO CASIMIRO FILHO
Externo à Instituição – FRANCISCO EDEN PAIVA FERNANDES – EMBRAPA
Presidente  – GUILLERMO GAMARRA ROJAS


DISCENTE: DENILSON RODRIGUES DOS REIS MELO

DATA: 21/06/2018

HORA: 10:00

LOCAL: Departamento de Economia Agrícola

TÍTULO:

Ensaios sobre o Agroamigo na microrregião de Sobral – CE

PALAVRAS-CHAVES:

Políticas Públicas.Agroamigo. Propensity Score Matching. Inadimplência. Avaliação.

PÁGINAS: 42

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Economia

RESUMO:

O presente estudo busca analisar o desempenho do programa de microcrédito Agroamigo (BNB) na região agrícola de Sobral – CE. Para tanto, o estudo é subdividido em dois capítulos, de forma que, no primeiro, busca-se verificar o impacto do programa sobre o nível de renda do trabalhador rural beneficiário na referida região. Além disso, a primeira parte desse estudo busca analisar o perfil do trabalhador rural nessa região, levando em consideração as variáveis escolhidas. Nesse sentido utilizou-se uma metodologia capaz de captar o efeito do programa sobre o nível de renda por meio da utilização de escores que determinam o pareamento dos grupos de beneficiários e não beneficiários para efeito de comparação. Assim, calcularam-se as probabilidades baseadas num conjunto de características observáveis, e posteriormente houve o pareamento por semelhanças. Com método utilizado verificou-se que o programa tem o efeito esperado no quesito fomento de renda. Por meio do efeito médio sobre os tratados, detectou-se um impacto positivo sobre a renda do trabalhador rural beneficiado, considerando as probabilidades ou escores de propensão calculados. Já o segundo capítulo, tem por objetivo investigar a inadimplência de beneficiários do Agroamigo na região ora objeto do estudo. Para tanto, utilizou-se um modelo logit binomial para mensurar os impactos de algumas categorias na probabilidade de inadimplência. Após os resultados, concluiu-se que a punica atividade que contribuiu para redução da inadimplência foi a caprinocultura.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente  – FRANCISCO JOSE SILVA TABOSA
Interno  – JAIR ANDRADE DE ARAUJO
Interno  – JOSE DE JESUS SOUSA LEMOS
Externo à Instituição – NICOLINO TROMPIERI NETO – IPECE


DISCENTE: GIOVANNA MARIA BORGES AGUIAR

DATA: 15/06/2018

HORA: 14:00

LOCAL: Departamento de Economia Agrícola

TÍTULO:Condicionantes da exportação de carne bovina do Brasil: Uma abordagem gravitacional

PALAVRAS-CHAVES:Exportação.Carne Bovina.Modelo Gravitacional.PPML.

PÁGINAS: 42

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Economia

RESUMO:

Esta dissertação analisa os condicionantes das exportações de carne bovina do Brasil para os 100 parceiros comerciais que totalizaram uma porcentagem acumulada de 94,10% das importações de tal produto ao longo do período de 1998 a 2014. Explorou-se a metodologia por meio da abordagem do modelo gravitacional, utilizando-se dos métodos de Mínimos Quadrados Pooled, Efeitos Fixos, Efeitos Aleatórios e Poisson Pseudo-Maximum-Likelihood. A variável dependente analisada foi o valor das exportações de carne bovina do brasil, em milhões de dólares, enquanto que as variáveis explicativas consideradas foram renda, distância geográfica, taxa de câmbio, preço internacional, índice de liberdade de negócios, contiguidade e linguagem oficial comum. Os resultados indicam que a renda do mercado exportador e de destino, a taxa de câmbio, a distância e o preço internacional, explicam a determinação das exportações, com as duas últimas variáveis afetando-o negativamente. Destaca-se que o método PPML mostrou-se o mais adequado para o tipo de trabalho realizado.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente  – JAIR ANDRADE DE ARAUJO
Interno  – FRANCISCO JOSE SILVA TABOSA
Externo ao Programa  – ROSEMEIRY MELO CARVALHO
Externo à Instituição – CELINA SANTOS DE OLIVEIRA – UFPB


DISCENTE: MARIA ROSA DIONISIO ALMEIDA

DATA: 29/05/2018

HORA: 09:00

LOCAL: Sala de videoconferência do Centro de Ciências Bloco- 953 (anexo da pós)

TÍTULO:Avaliação financeira e econômica de energia fotovoltaica e eólica na matriz energética de comunidades rurais no estado do Ceará.

PALAVRAS-CHAVES:Energias renováveis.Avaliação financeira.Avaliação econômica.

PÁGINAS: 130

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Economia

RESUMO:

Essa dissertação é composta por três capítulos. No Capítulo 1, Apresenta-se uma caracterização a respeito da eletricidade no meio rural brasileiro no Estado do Ceará, tais como: perfil dos consumidores rurais brasileiros; custos da eletricidade, e sobre a capacidade energética eólica e solar do Estado do Ceará. Por fim, realizou-se uma análise descritiva das comunidades pesquisadas detentoras dos sistemas de energias renováveis. Fez-se uso de dados primários coletados por meio da aplicação de questionários, nas comunidades rurais do Assentamento Rural do Saco do Vento em Irauçuba, na comunidade Ladeira Grande na cooperativa (COOFERPAM) no município de Maranguape, na comunidade rural de Ribeirinha e na cooperativa (COOPAFAQ) e dados secundários junto a Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado do Ceará (SDA). Analisou-se que as energias renováveis têm contribuído para a garantia do suprimento energético das comunidades rurais. No Capítulo 2 avaliam-se as fontes de energia renováveis eólica e fotovoltaica nas comunidades rurais do Estado do Ceará, sob o ponto de vista privado, a qual fez-se uso do método de avaliação financeira de investimentos. Foram mensurados os seguintes indicadores: valor presente líquido, relação benefício-custo, taxa interna de retorno e tempo de recuperação do investimento (payback atualizado) a partir dos investimentos feitos para o ano de 2017 para um horizonte de planejamento de 10 anos. A viabilidade financeira dos investimentos foi verificada, considerando algumas simulações de preços em kWh de energia e taxas de desconto. Todos os sistemas apresentaram viabilidade financeira para as taxas de descontos de 6% a 12% ao ano. Em seguida realizou-se uma análise sensibilidade para todos os sistemas de energias, neste aspecto verificou-se que para o sistema de energia eólico a partir do momento que a receita diminui em 10%, a relação benefício custo e o valor presente líquido passaram a serem inviáveis. No Capítulo 3 busca-se avaliar o retorno desses investimentos sob seu impacto para toda a sociedade (avaliação econômica). Os indicadores socioeconômicos utilizados e o horizonte de planejamento foram os mesmo da análise privada. Os investimentos nos sistemas de energia fotovoltaica mostraram-se viáveis segundo todas as simulações sob o ponto de vista dos benefícios gerados à sociedade. Estes sistemas apresentaram viabilidade para a geração de energia para as tarifas de R$ 0,38/ kWh e R$ 0,48/ kWh, e segundo as referidas taxas de descontos. Para o sistema eólico a não viabilidade decorreu da tarifa de R$ 0,48/kWh de energia elétrica. Sob a análise comparativa os melhores resultados apresentados pelos indicadores são referentes aos sistemas de energia fotovoltaica.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente – KILMER COELHO CAMPOS
Interno  – ROBERIO TELMO CAMPOS
Externo à Instituição – WELLINGTON RIBEIRO JUSTO – URCA


DISCENTE: PLINIO ESTEBAN RAMIREZ ALVAREZ

DATA: 29/05/2018

HORA: 08:00

LOCAL: Sala de Videoconferência do STI – UFC Virtual (Bloco 901)

TÍTULO:A produção agropecuária do  Mercado Comum do Sul (MERCOSUL): Uma análise da evolução da variação da Produtividade Total dos Fatores (PTF) e seus componentes no período 1968 – 2013

PALAVRAS-CHAVES:MERCOSUL. Produção Agropecuária.Fronteira Estocástica de Produção.Produtividade Total dos Fatores.

 

PÁGINAS: 120

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Economia

RESUMO:

Este trabalho analisa a evolução da variação da Produtividade Total dos Fatores (PTF) do setor agropecuário do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) no período 1968 a 2013. Inicialmente, foi construída uma base de dados em painel com as variáveis: produção agropecuária (Y) como a variável dependente; como fatores da produção: terra (A), mão-de-obra (L), maquinarias (K); e como as variáveis que explicam a ineficiência: exportações (E), inflação (I) e as Tecnologias de Informação e Comunicação (T). Os dados foram extraídos de banco de dados online, disponíveis no site da FAOSTAT, USDA e World Bank Data Open. O painel de dados possui 460 observações tendo como variável temporal (t) = 46 anos (1968 até 2013) e variável espacial (id) os 10 países sul-americanos com algum tipo de status dentro do MERCOSUL (membro-pleno, membro suspenso, membro em processo de adesão ou membro associado). Para a análise do desempenho dos países, se utilizou a abordagem da Fronteira de Produção Estocástica (FPE), proposto por Battese e Coelli (1995), estimando as funções do tipo: Cobb-Douglas, Translog, Harrod Neutra, Solow Neutra e Hicks Neutra, para posteriormente utilizando a Razão de Verossimilhança Generalizada, testar a forma funcional, ausência de progresso técnico, ausência de efeitos fixos ou dummies e ausência da ineficiência técnica, e escolher assim a função do tipo Translog com progresso técnico, sem presença de dummies, como melhor forma funcional. Foi aplicado a metodologia sugerida por Bauer (1990) e Kumbhakar (2000) determinando-se assim a variação da PTF agropecuária (gPTF ) e sua decomposição em taxas de variação de: progresso técnico (PT) , ineficiência técnica (IT), escala de produção (EP) e eficiência alocativa (EA). Nos resultados pode-se constatar que para os países membros plenos do MERCOSUL (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), no subperíodo anterior (sp1) a assinatura do Tratado de Assunção (1991), a g_PTF possui um valor de 79,30% e para o subperíodo posterior (sp2) se tem 217,20%, sendo Brasil o país com maior contribuição em ambos subperíodos de estudo. Comparando os países não membros plenos (Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela), esta apresenta um valor de 9,88 % para gPTF no sp1 e 174,96% para o sp2. Com estes resultados, foi possível inferir que a formação do MERCOSUL, influenciou positivamente o crescimento da produtividade agropecuária e a eficiência na utilização dos fatores de produção, bem como é possível encontrar uma grande diferença na gPTF entre o período antes e depois da criação do MERCOSUL.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente – JOSE NEWTON PIRES REIS
Interno – ROGERIO CESAR PEREIRA DE ARAUJO
Interno  – JAIR ANDRADE DE ARAUJO
Externo à Instituição – JOÃO RICARDO FERREIRA DE LIMA – EMBRAPA


DISCENTE: MILENA MONTEIRO FEITOSA

DATA: 27/03/2018

HORA: 10:00

LOCAL: Departamento de Economia Agrícola Sala 01

TÍTULO:Simulações de sustentabilidade e de competitividade da soja no MATOPIBA

PALAVRAS-CHAVES:Expectativas Racionais. Produção de Alimentos. Sustentabilidade. Vulnerabilidade. Competitividade. Cultura da Soja no MATOPIBA.

PÁGINAS: 74

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Economia

RESUMO:

Nas três últimas décadas a soja é um dos grãos mais produzidos e consumidos no mundo. Estados Unidos, Brasil e Argentina seguem como grandes produtores mundiais da commodity. No Brasil, especificamente, na região do MATOPIBA, se observa um grande avanço na produção desse grão. Nessa perspectiva, o presente trabalho objetivou simular a sustentabilidade e a expectativa de competição da produção de soja na região do MATOPIBA, fazendo um comparativo da produção observada nessa região com o que acontece no restante do País produtor do grão, e ao principal competidor internacional, os Estados Unidos da América (EUA), entre os anos de 1990 e 2016. De maneira específica a pesquisa buscou: simular a sustentabilidade da produção de soja na região do MATOPIBA no período de 1990 a 2016, caso não fosse possível haver expansão de área; avaliar a expectativa de competição da produção de soja no MATOPIBA vis a vis a produção agregada no restante do País que produz soja; analisar a expectativa de competição de produção de soja no MATOPIBA vis a vis a produção dos Estados Unidos; analisar o avanço das áreas cultivadas com soja sobre as áreas das lavouras alimentares (arroz, feijão, mandioca e milho) no MATOPIBA, no período sob investigação. Os dados utilizados na pesquisa são de natureza secundária e retirados da Produção Agrícola Municipal (PAM), Alice Web e Departamento de Agricultura dos EUA. Foi simulado um índice de sustentabilidade (ISUS) para aferir a produção de soja caso fosse estabelecido que as áreas destinadas à lavoura não podem ultrapassar o valor médio da área histórica observada no período em cada um dos quatro estados que fazem parte do MATOPIB: Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Para a estimação dos índices foi usada à técnica multivariada de Análise Fatorial, com decomposição em componentes principais, Foi usado também, o método proposto por Box e Jenkins (1976), para formular previsões sobre a expectativa de competição da produção de soja na região do MATOPIBA, comparando com que acontece no País e como os EUA. E, por fim, a pesquisa estimou curvas de tendência para alcançar o último objetivo sobre o avanço das áreas cultivadas com soja sobre as áreas das lavouras alimentares na região de estudo. Os resultados mostraram que é possível produzir soja no MATOPIBA sem que para isso se incorporem mais áreas. Isso seria possível via avanços tecnológicos que incrementem os rendimentos dessa cultura nos quatro estados. Observou-se que as expectativas de competição com o restante do País produtor de soja não são positivas, e que há formação de expectativas positivas de ganho de competitividade com a soja produzida nos EUA. Observou também um o significativo avanço das áreas com soja em áreas que antes eram destinadas à produção agrícola familiar, o que justifica o primeiro objetivo do trabalho que é justamente estancar esse crescimento.

 

MEMBROS DA BANCA:
Presidente  – JOSE DE JESUS SOUSA LEMOS
Interno – KILMER COELHO CAMPOS
Externo à Instituição – MARIA ODETE ALVES – BNB
Externo ao Programa  – PATRICIA VERONICA PINHEIRO SALES LIMA


DISCENTE: ELIZAMA CAVALCANTE DE PAIVA

DATA: 26/03/2018

HORA: 08:00

LOCAL: Departamento de Economia Agrícola

TÍTULO:Simulações metodológicas para detectar formação de expectativas e tornar a produção de leite sustentável no Semiárido Cearense

 

PALAVRAS-CHAVES:Expectativas racionais. Pecuária. Sustentabilidade.

PÁGINAS: 99

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Economia

RESUMO:

A pecuária é uma atividade histórica do Ceará e cumpre importante papel no desenvolvimento socioeconômico da Região participando na formação da renda de muitos produtores. No estado do Ceará a economia é fortemente influenciada por fenômenos climáticos e a instabilidade no regime pluviométrico é um importante definidor da produção, afetando o rendimento das culturas, os níveis de produção e as expectativas dos produtores quanto as suas produções. Contudo, o crescimento da atividade deve ocorrer de forma a garantir a sustentabilidade da produção, preservando equilíbrio entre produtividade e sustentabilidade, haja vista que a pecuária é uma das atividades econômicas que mais causam impactos ao meio ambiente. Logo, estudar relações entre produção de leite, níveis de precipitação, vulnerabilidades relacionadas à situação de escassez hídrica e a sustentabilidade da produção agropecuária são temas relevantes para o entendimento das dificuldades que afetam as populações rurais do Ceará. Assim, o presente trabalho tem como objetivo geral realizar simulações metodológicas para detectar formação de expectativas e tornar a produção de leite sustentável no semiárido cearense. A pesquisa utilizará dados secundários retirados da base de dados gerada no LabSar Data da Universidade Federal do Ceará constituídos de séries históricas cobrindo o período de 1974 a 2016. Será construído o INSUS (Índice de sustentabilidade) para verificar a sustentabilidade da produção de leite. Além disso, o estudo utilizará o método proposto por Box e Jenkins (1970) para verificar como se dá a formação das expectativas dos produtores. Os resultados encontrados sugerem que a formação de expectativas nos preços do leite, do tamanho do rebanho e dos rendimentos induzidos pela pluviometria afetam positivamente as expectativas de formação de renda bruta para os produtores de leite no Ceará, confirmando as hipóteses deste estudo. Aferiu-se que as expectativas se mostraram mais fortes no valor esperado do dimensionamento do rebanho, seguido da formação de expectativa do preço do leite e finalmente na expectativa de rendimentos, induzidos pela pluviometria.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente  – JOSE DE JESUS SOUSA LEMOS
Externo à Instituição – JOSE VANGLESIO DE AGUIAR – IBGE
Externo ao Programa  – PATRICIA VERONICA PINHEIRO SALES LIMA
Interno – ROBERIO TELMO CAMPOS


DISCENTE: FELLIPY AUGUSTO HOLANDA CHAVES

DATA: 21/03/2018

HORA: 09:00

LOCAL: Departamento de Economia Agrícola (Bloco 828 Sala 01)

TÍTULO:Eficiência técnica e econômica de propriedades produtoras de camarão no Estado do Ceará

PALAVRAS-CHAVES:Análise envoltória de dados. Avaliação Econômica. Análise de Risco.

PÁGINAS: 107

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Economia

RESUMO:

A presente dissertação é composta de dois capítulos. O primeiro intitulado “Estudo da eficiência da produção de camarão do Estado do Ceará” trata de analisar o grau e as principais variáveis responsáveis pela eficiência das fazendas produtoras de camarão. Os dados foram coletados por meio de entrevistas e questionários de levantamento de dados referentes a produção (uso dos fatores produtivos) no ano de 2015 com a aplicação de 43 questionários. O modelo utilizado para estimar a eficiência foi o método não paramétrico, análise envoltória de dados (DEA) e para encontrar os determinantes de eficiência adotou-se a técnica econométrica Tobit. Os resultados mostram que apenas 36,84% das fazendas podem ser consideradas eficientes pelo modelo de retornos constantes (CCR), no entanto, quando se leva em consideração os retornos variáveis o número de fazendas eficientes aumenta para 27 unidades (63%). Com aplicação do modelo de eficiência de escala foi possível constatar que a maior causa da ineficiência das unidades produtoras é a escala de produção. Com o emprego da técnica Tobit foi possível verificar que as variáveis: área, insumo e produção estão associadas à eficiência dos produtores cearenses. Portanto, pode-se conclui que o principal fator responsável pela ineficiência é o tamanho da escala utilizada no emprego da produção de camarão. O segundo capítulo “Avaliação econômica de fazendas produtoras de camarão do Estado do Ceará” possui a mesma base de dados do primeiro capítulo. O objetivo desta pesquisa é analisar a eficiência técnica e econômica das fazendas produtoras de camarão em cativeiro no Estado do Ceará. Para isso, Utilizou-se a metodologia de fronteira estocástica para estimar os níveis de eficiência, logo em seguida, foi realizada uma classificação para relacionar as classes de eficiência com os indicadores econômicos. Por último, foi feita uma análise de risco, por meio de três simulações. Pode-se concluir que, a medida, que a eficiência técnica dos produtores aumentava os riscos associados à atividade diminuía, logo, o sucesso econômico da atividade está vinculado ao ganho de eficiência.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição – ELIANE PINHEIRO DE SOUSA – URCA
Interno –  JAIR ANDRADE DE ARAUJO
Presidente  – KILMER COELHO CAMPOS


DISCENTE: MARISA GUILHERME DA FROTA

DATA: 08/03/2018

HORA: 09:00

LOCAL: Sala de videoconferência do Centro de Ciências Agrárias

TÍTULO:Ensaios sobre participação e oferta de trabalho dos moonlighters no mercado de trabalho brasileiro

PALAVRAS-CHAVES: Mercado de trabalho. Múltiplos empregos. Biprobit. Double-Hurdle

PÁGINAS: 75

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Economia

RESUMO:

Essa dissertação é composta de dois artigos, o primeiro intitulado “Participação no mercado de múltiplos empregos: uma análise para os meios rural e urbano”, analisou os fatores que condicionam a participação no mercado de múltiplos empregos e verificou a existência de discriminação salarial com ênfase nas diferenças de gênero. Esse estudo tem como base os dados do Censo Demográfico do ano de (2010), sendo a amostra composta por individuos com idade entre 16 e 65 anos, com os seguintes status de ocupação: não ocupados ou ocupados com um ou mais de um emprego. Utilizou-se o modelo Biprobit para estimar a probabilidade de participação na oferta de trabalho e a participação no mercado de múltiplos empregos. Para verificar a existência de discriminação no mercado secundário faz-se uso da decomposição dos salários proposta pelo método de Oaxaca-Blinder (1973). Os resultados mostram que  os moonlighters masculino e feminino da zona rural, casados, chefes de família, com filhos maiores de cinco anos e residentes na região Sul, são mais propensos a participarem do mercado de múltiplos empregos. Já para a zona urbana, percebe-se que os moonlighters que possuem filhos, os casais que não possuem filhos e os chefes de família, apresentam mais chances de estarem inseridos no mercado secundário. O Nordeste é a região com maior incidência de participantes desse segmento de mercado. A variável educação, apresenta um efeito positivo nos salários dos moonlighters, porém, esse efeito não é repercute de forma proporcional, pois, as mulheres da zona rural e urbana participantes do mercado secundário apresentam em média uma quantidade maior em anos de estudos em relação aos homens, no entanto, o impacto da educação não repercute um efeito igualitário nos rendimentos, constatando a presença de discriminação salarial no mercado de múltiplos empregos. O segundo capítulo que leva como título “Participação e oferta de trabalho para o segundo emprego: uma análise para o setor agrícola brasileiro”,concentra-se em investigar a probabilidade de participação e estimar a oferta de horas destinada ao segundo emprego entre os trabalhadores do setor agrícola, levando em consideração as características socioeconômicas dos indivíduos e as características do trabalho. Para esse estudo são utilizados os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do ano de (2014). A modelagem econométrica usada para alcançar os objetivos propostos, resultam na estimação dos modelos Probit para a decisão de participação no mercado de múltiplos empregos, Modelo Tobit para alocação de horas de trabalho e o modelo Double-Hurdle, que estima conjuntamente as duas equações: decisão em participar do mercado de trabalho de múltiplos empregos e a oferta de trabalho para esse segmento de mercado. Dos resultados encontrados, pode-se destacar como um dos principais fatores para decisão de participação no mercado secundário: experiência, escolaridade, e a condição de chefe de família.  Para decisão de quantidade de horas ofertadas no segundo emprego, destaca-se a experiência, escolaridade, ser casado e possuir filhos e a estabilidade no primeiro emprego. No modelo duble hurdle, a variável estabilidade no primeiro emprego diminui a probabilidade de participar no mercado secundário. Na equação de oferta de horas, o coeficiente da variável estabilidade apresentou sinal positivo, ou seja, comportando-se de forma a aumentar a oferta de trabalho, esse resultado corrobora com as pesquisas de Casari e Bacha (2011) e Sousa (2017).

MEMBROS DA BANCA:
Presidente  – JAIR ANDRADE DE ARAUJO
Interno – FRANCISCO JOSE SILVA TABOSA
Externo à Instituição – ALEXANDRE NUNES DE ALMEIDA – ESALQ


DISCENTE: ARTHUR PEREIRA SALES

DATA: 02/03/2018

HORA: 09:00

LOCAL: Departamento de Economia Agrícola Sala 03

TÍTULO:Ensaios sobre degradação ambiental na América Latina e no rural brasileiro.

PALAVRAS-CHAVES:Meio Ambiente. América Latina. Brasil.

PÁGINAS: 72

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Economia

RESUMO:

Esta dissertação busca analisar os níveis de degradação ambiental na América Latina e no Brasil. Para melhor aprofundamento do assunto, o trabalho foi dividido em dois capítulos, nos quais utilizam-se metodologias e banco de dados diferentes. O primeiro capítulo, intitulado “Degradação Ambiental e sua relação com o desenvolvimento econômico e financeiro nos países da América Latina”, são descritos dados da quantidade de dióxido de carbono emitidos pelo Brasil e a América Latina, obtida por meio do World Development Indicators (WDI). Com o objetivo de analisar se os aspectos econômicos, o desenvolvimento financeiro e o consumo de energia tendem a aumentar ou não a degradação ambiental nos países da América Latina no período de 1999-2014 foi utilizado o modelo de regressão com dados em painel pelo método dos mínimos quadrados generalizados (GLS – Generalized Least Squares). Os resultados revelaram que a relação entre degradação ambiental e desenvolvimento econômico apresentou o formato de “N” invertido em relação a degradação dos países, porém o valor agregado das indústrias possuiu relação diretamente proporcional com a quantidade de CO2 per capita. Observou-se também que as variáveis produção de eletricidade e energia utilizada têm relação positiva com a degradação ambiental, e por outro lado, a energia importada e o investimento estrangeiro direto têm relação negativa. No segundo capítulo, intitulado “Condicionantes da Degradação Ambiental no Meio Rural Brasileiro”, descreve a situação dos domicílios rurais em relação a poluição do meio ambiente. Objetiva analisar a relação entre degradação ambiental, crescimento econômico e pobreza no meio rural brasileiro que, para isso, utilizou-se o modelo Logit Ordenado. Os resultados permitem concluir que o Nordeste, seguido do Norte e do Centro-Oeste, é a região onde os domicílios são mais inadequados, e, em contrapartida, o eixo Sul-Sudeste apresentam os domicílios com as melhores condições sustentáveis. Ao analisar a relação entre degradação ambiental, crescimento econômico e pobreza para o meio rural brasileiro, concluiu-se que o crescimento econômico apresentou o formato de “N” invertido em relação a degradação para todas as regiões, sendo que a renda e as dimensões de acesso à educação, saúde e informação foram determinantes para tal feito.

 

MEMBROS DA BANCA:
Presidente – JAIR ANDRADE DE ARAUJO
Interno – KILMER COELHO CAMPOS
Interno  – FRANCISCO JOSE SILVA TABOSA
Externo à Instituição – SORAIA ARAÚJO MADEIRA – UVA


DISCENTE: STALYS FERREIRA ROCHA

DATA: 28/02/2018

HORA: 10:00

LOCAL: Sala de videoconferência do CCA

TÍTULO:Experimentos de sustentabilidade e de formação de expectativas na produção de alimentos na agricultura familiar do Maranhão

PALAVRAS-CHAVES:Pluviometria. Agricultura Familiar. Sustentabilidade. Tecnologias agrícolas.

PÁGINAS: 113

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Economia

RESUMO:

Os padrões de distribuição temporal e espacial da pluviometria maranhense possibilitam ser observadas ao menos dez (10) regiões distintas. Nesse Estado as lavouras de arroz, feijão, mandioca e milho, cultivadas, no geral sem a utilização de tecnologias mais acuradas, podem se constituir em importantes termômetros para aferir a sustentabilidade e a formação de expectativas da produção agrícola familiar no Estado. Diante disso, esta pesquisa objetiva: a – avaliar, de forma experimental, a possibilidade de manter a produção agregada de arroz, feijão, mandioca e milho sem expandir às áreas cultivadas, a partir da média histórica, em cada uma das dez regiões em que o Maranhão foi subdividido de acordo com as suas condições climáticas, entre 1980 e 2016; b – Avaliar as formas como os agricultores familiares maranhenses, cultivadores de arroz, feijão, mandioca e milho provavelmente formam expectativas de produção. Os dados secundários utilizados foram extraídos da Pesquisa Agrícola Municipal e do Instituto Nacional de Meteorologia, vários anos. O trabalho desenha duas metodologias. Na primeira cria dois grupos: experimental e de controle. No grupo experimental simula-se que as áreas dessas culturas são mantidas constantes em seu valor médio histórico. Com este procedimento a produção nas áreas superiores à média apenas alcançarão os patamares efetivamente observados ao longo do período analisado, através do incremento de produtividade. No grupo de controle as áreas se mantem tal como foram observadas. Assim, nesta etapa a pesquisa simula como deveriam ser os rendimentos das culturas para compensar a não expansão de área. Para testar se, com o procedimento experimental, a produção das lavouras ganham em sustentabilidade econômica, comparativamente à forma como os agricultores procederam ao longo da série, criou-se o índice de sustentabilidade (ISUS), utilizando técnicas de programação linear. Este (ISUS) foi o instrumento utilizado para testar se há diferenças estatísticas entre as duas formas avaliadas na pesquisa. Na segunda parte do trabalho simulam-se as formas em que, provavelmente, os agricultores formatam as suas expectativas de renda. Para tanto parte-se desse conceito, identificando-se os seus componentes, mas introduzindo-se o fator de aleatoriedade que é a precipitação anual de chuvas em cada uma das dez regiões em que o estado foi dividido. Para gerar as prováveis formas em que os agricultores formatam as suas expectativas de renda utilizam-se técnicas de análise de séries temporais. Testam-se modelos autor regressivos, médias móveis, auto regressivos e média móveis, simultaneamente, além dos modelos iterativos. Geram-se os valores esperados em cada um dos ajustamentos selecionados. Os resultados encontrados mostraram que em todas as dez regiões estudadas é possível produzir arroz, feijão, mandioca e milho de forma sustentável de um ponto de vista econômico, tecnológico e ambiental sem que haja expansão de áreas a partir de um determinado valor, bastando que os agricultores tenham acesso às tecnologias que viabilizem maiores níveis de produtividade. Constatou-se que os agricultores familiares maranhenses formulam expectativas fundamentalmente com base nas informações dos anos imediatamente anteriores, haja vista que todos os modelos ajustados são auto regressivos de primeira ordem.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente – JOSE DE JESUS SOUSA LEMOS
Interno – ROBERIO TELMO CAMPOS
Externo ao Programa  – PATRICIA VERONICA PINHEIRO SALES LIMA
Externo à Instituição – RONALDO HAROLDO NASCIMENTO DE MENEZES – UEMA


DISCENTE: CICERO FRANCISCO DE LIMA

DATA: 26/02/2018

HORA: 14:30

LOCAL: Sala de videoconferência do CCA

TÍTULO:Ensaios sobre migracao e diferencial de rendimento para a regiao Nordeste e Brasil.

PALAVRAS-CHAVES:Diferencial de renda. Migração. Rural-urbano. Decomposição.

PÁGINAS: 84

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Economia

RESUMO:

A dissertacao e composta por dois capitulos, os quais foram construidos por meio de bancos de dados diferentes. O primeiro apresenta como o titulo, “Diferencial de rendimentos: analise sobre o migrante de retorno nordestino por setor de trabalho”. Analisou o efeito discriminacao de rendimento do trabalho por sexo, raca e situacao de domicilio entre os migrantes de retorno nordestino. Os dados utilizados foram extraidos do Censo Demografico de 2010, disponibilizado pelo IBGE. Considerou-se na pesquisa quatro setores de atividades na regiao Nordeste: setor formal privado, informal privado, publico e autonomo informal. Para realizar a analise do diferencial de rendimento utilizou-se o metodo nao parametrico de Ñopo (2008). Esse modelo utiliza tecnicas de pareamentos de semelhantes com a finalidade de explicar os diferenciais de rendimentos por grupo (sexo, raca) de pessoas. Essa metodologia mostra-se como uma alternativa a decomposicao de Oaxaca-Blinder. Entre os principais resultados, o modelo de Ñopo captou discriminacao de rendimento por sexo em relacao as mulheres em todos os setores de trabalho. Na analise por raca e situacao de domicilio, os dados apresentaram discriminacao de rendimento para o nao branco e o migrante que retornou para o meio rural da regiao Nordeste. Os efeitos da descriminacao de rendimentos no setor de trabalho agregado para mulher, nao branco e individuo rural foram respectivamente: -0,0834; -0,0408 e -0,0909. Em relacao aos setores desagregados, o setor publico apresentou os maiores diferencias de rendimento. O segundo capitulo foi definido como titulo “Migracao do trabalho: diferencial de rendimentos entre os trabalhadores rurais e urbanos brasileiros”. Como objetivo analisou-se os diferenciais de rendimentos do Trabalhador Rural-Urbano em relacao ao Trabalhador Rural-Rural e o Urbano-Urbano no mercado de trabalho brasileiro. Foram usados dois bancos de dados referentes as PNADs de 2005 e 2015. Aplicou-se como metodologia a abordagem de decomposicao proposta por Firpo, Fortin e Lemieux (2007; 2009). Este metodo adota estimacoes de regressoes quantilicas incondicionais, baseadas nos conceitos de Funcao de Influencia (FI) e Funcao de Influencia Recentrada (FIR). Os resultados das estimacoes indicaram diferenciais de renda em beneficio do trabalhador Urbano-Urbano comparado ao trabalhador Rural-Urbano e diferencial de renda a favor do trabalhador Rural-Urbano quando este foi comparado ao trabalhador Rural-Rural. De modo geral observou-se uma tendencia crescente do diferencial de renda nos quantis mais elevados. Isso ocorreu tanto para os dados de 2005 quanto para o ano de 2015.

 

MEMBROS DA BANCA:
Presidente – EDWARD MARTINS COSTA
Interno  – JAIR ANDRADE DE ARAUJO
Externo à Instituição – WELLINGTON RIBEIRO JUSTO – URCA


DISCENTE: JAIRON SUEL DE MOURA SÁ

DATA: 23/02/2018

HORA: 14:00

LOCAL: Sala de videoconferência do CCA

TÍTULO:College premium: uma análise para o Brasil urbano e rural para filhos residentes com os pais nos anos de 2000 e 2010.

PALAVRAS-CHAVES:College Premium. LATE. Endogeneidade. Retornos à educação.

PÁGINAS: 61

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Economia

RESUMO:

Este trabalho tem como objetivo mensurar o retorno da educação superior, denominado na literatura como college premium, para o Brasil Urbano e Rural, a partir de informações dos censos 2000 e 2010. Buscou-se diferenciar dos demais trabalhos encontrados na literatura ao considerar na análise apenas a geração canguru, permitindo assim, utilizar informações sobre o background familiar para mensuração desse efeito. Além disso, este trabalho procurou tratar o problema da seletividade amostral e da endogeneidade, presentes na equação de rendimentos, através da correção de Heckman e da estimação do Local Average Treatment Effects (LATE), utilizando instrumentos (se o pai e a mãe possuem ou não nível superior) após testar a validação destes. Dos resultados, observou-se, que para o Brasil Urbano os instrumentos não foram válidos, desse modo, foi utilizado o MQO para a obtenção do retorno educacional, enquanto que para o Brasil Rural a estimação do LATE se mostrou adequada. Para o Brasil e Brasil Urbano, observou-se a diminuição do college premium de 2000 para 2010, o que indica que há fatores que estão interferindo na dinâmica salarial. Para o Brasil Rural, foi observado que os indivíduos com nível superior com pais com nível superior em comparação com os indivíduos sem nível superior com pais sem nível superior, também, foram impactados pela redução salarial, contudo, quando se controla a habilidade de entrar no nível superior, houve uma elevação do salário, de 2000 para 2010, indicando que, há um atraso em relação ao impacto da expansão do nível superior e da dinâmica do trabalho, para indivíduos residentes na zona rural.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente  – EDWARD MARTINS COSTA
Interno  – ELANO FERREIRA ARRUDA
Externo ao Programa  – RAFAEL BARROS BARBOSA
Externo à Instituição – LUCIANO MENEZES BEZERRA SAMPAIO – UFRN


DISCENTE: FRANCISCO AQUILES DE OLIVEIRA CAETANO

DATA: 15/02/2018

HORA: 10:00

LOCAL: Departamento de Economia Agrícola

TÍTULO:Desertificação e governança nas comunidades rurais da ASD dos sertões dos Inhamuns

PALAVRAS-CHAVES:Desertificação. Governança. ASDs.

PÁGINAS: 112

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Economia

RESUMO:

O agravamento do quadro climático e ação danosa do homem à natureza têm promovido uma aceleração dos processos de desertificação em terras secas brasileiras. A região semiárida é a mais vulnerável ao problema, especialmente as áreas rurais aí inseridas. No Estado do Ceará encontram-se definidos três núcleos de desertificação ou Áreas Susceptíveis à Desertificação – ASDs. Essas áreas têm sido foco de uma série de estratégias voltadas para combater o fenômeno, sendo a mais relevante a elaboração do Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca – PAE-Ce. Observa-se, no entanto, que passados quase dez anos de existência do PAE as ASDs ainda apresentam sérios problemas de desertificação. Não são observadas a efetivação das propostas apresentadas no referido programa. Nesse cenário o estudo assume a hipótese de que a falta de uma estrutura de governança favorece o avanço da desertificação. Diante disso, o estudo objetiva analisar a interação entre a desertificação e a implementação de princípios de governança nas comunidades rurais pertencentes à ASD do Sertão dos Inhamuns no estado do Ceará. Para tanto, foram utilizados dados primários obtidos por meio de aplicação de formulários junto a lideranças de comunidades rurais localizadas nos municípios de Arneiroz, Independencia e Tauá, inseridos na ASD. Como procedimentos metodológicos, inicialmente, foi adotada a metodologia PER (Pressão – Estado-Resposta) para descrever a situação da desertificação na região a partir de um conjunto de indicadores. Em seguida foi elaborada uma matriz de indicadores de governança composta por seis dimensões. Os dois grupos de indicadores foram agregados em dois índices: Índice de Desertificação e Índice de Governança em Áreas Desertificadas (IGAD). Para verificar a relação entre governança e desertificação foram estimados modelos pelo método de mínimos quadrados ordinários e regressão quantílica. Os principais resultados mostraram que os indicadores de estado são os que mais determinam a desertificação na região. A maior parte das comunidades encontra-se em um nível intermediários de desertificação. Quanto à governança foi possível perceber baixíssimos níveis de implementação de instrumentos favoráveis à implementação e sucesso das estratégias voltadas ao combate à desertificação. Por fim, aceitando a hipótese testada no estudo, foi possível observar que há uma correlação significativa inversa entre o ID e o IGAD, evidenciando que níveis mais elevados de implementação dos princípios de governança colaboram para a redução da desertificação. Conclui-se, então, que o combate à desertificação requer o fortalecimento da estrutura de governança na ASD, de modo a envolver a sociedade civil, entidades públicas e privadas. Quaisquer estratégias voltadas à redução do fenômeno dependerão significativamente da mudança do atual modelo de implementação de políticas públicas o qual, como mostrado no estudo, é carente especialmente de mecanismos componentes das dimensões Eficiência e Efetividade e Participação da População.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente – AHMAD SAEED KHAN – UFC
Interno – JOSE DE JESUS SOUSA LEMOS
Externo ao Programa  – PATRICIA VERONICA PINHEIRO SALES LIMA
Externo à Instituição – MARIA IVONEIDE VITAL RODRIGUES – ESTÁCIO


DISCENTE: HELSON GOMES DE SOUZA

DATA: 02/02/2018

HORA: 10:00

LOCAL: Sala de videoconferência do Centro de Ciências Agrárias

TÍTULO:

Ensaios sobre pobreza e desigualdade nos meios urbano e rural do Brasil

PALAVRAS-CHAVES:

Pobreza. Desigualdade. Spillover espacial. Painel espacial.

 

PÁGINAS: 102

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Economia

RESUMO:

O presente estudo busca analisar as relações entre pobreza, crescimento e desigualdade e seus efeitos nos meios urbano e rural do Brasil. Para tanto, o estudo é subdividido em três capítulos, de forma que, no primeiro, busca-se verificar a existência de transbordamentos espaciais da pobreza nos meios urbano e rural das unidades de federação brasileiras. Além disso, a primeira parte desse estudo busca encontrar o valor da sensibilidade da pobreza nos meios urbano e rural do Brasil em relação a modificações nos níveis de crescimento econômico e desigualdade de renda, incluindo os efeitos advindos da proximidade espacial dos estados. Nesse sentido utilizou-se uma metodologia capaz de captar o efeito vizinhança por meio da utilização de um painel de dados espaciais. Assim, calcularam-se as elasticidades renda e desigualdade da pobreza e o transbordamento espacial da pobreza referente às situações censitárias estudadas. Com o método utilizado verificou-se que alterações no crescimento e nas desigualdades provocam transbordamentos espaciais da proporção de pobres no meio urbano, porém, esse comportamento é inexistente no meio rural brasileiro. Por meio da verificação da existência de spillovers espaciais no meio urbano o trabalho mostra que medidas de combate à pobreza nessas áreas devem ser aplicadas a nível nacional. Já em relação ao meio rural, a inexistência de spillovers espaciais da proporção de pobres permite à aplicação de uma política pública de combate à pobreza rural em nível estadual como nacional. No segundo capítulo busca-se analisar os impactos do crescimento econômico e da desigualdade de renda sobre a pobreza dos meios urbano e rural dos estados brasileiros considerando os efeitos provindos dos níveis iniciais de desenvolvimento e desigualdade. Para tanto calculou-se as elasticidades renda e desigualdade da pobreza por meio de um painel dinâmico espacial. Dentre outras conclusões, os resultados demonstraram que a redução da pobreza ocorre de uma maneira mais intensa quando associada às reduções nos níveis de desigualdade. Concluiu-se também que uma política pública de combate à pobreza por meio do crescimento econômico ou da redução das desigualdades, aplicada ao meio urbano ou rural obterá maiores resultados se aplicada com uma durabilidade mais extensa. Já o terceiro capítulo tem como objetivo mensurar a desigualdade de oportunidade no acesso ao ensino superior considerando os meios urbano e rural das regiões brasileiras, buscando identificar quais são os principais fatores determinantes da desigualdade de oportunidade no acesso ao serviço estudado. Para tanto utilizou-se um método probabilístico a fim de se obter o Índice de dissimilaridade da desigualdade de oportunidade, e efetuou-se sua decomposição por meio do Valor-Shapley. Os resultados demonstraram que houve uma queda na desigualdade de oportunidade estudada durante o período analisado. Além disso, verificou-se que uma política pública que busque reduzir a desigualdade de oportunidade no acesso ao ensino superior brasileiro, seja ela aplicada nos meios urbano ou rural obterá melhores resultados se for fundamentada sobre o aumento dos níveis de escolaridade e renda da família e a inclusão do jovem com idade adequada no ensino superior.

 

MEMBROS DA BANCA:
Presidente – FRANCISCO JOSE SILVA TABOSA
Interno  – JAIR ANDRADE DE ARAUJO
Externo à Instituição – ALEXANDRE NUNES DE ALMEIDA – ESALQ


DISCENTE: NAYARA BARBOSA DA CRUZ

DATA: 26/01/2018

HORA: 09:00

LOCAL: Sala de Viodeoconferência do CCA

TÍTULO:

Efeitos das ocupações não agropecuárias sobre a renda e as horas de trabalho em zonas rurais do Brasil

PALAVRAS-CHAVES:

Trabalhadores não agropecuárias. Economia rural. Propensity Score Matching.

PÁGINAS: 97

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Economia

RESUMO:

Nas últimas décadas, o campo ganhou novas funções, possibilitou novas oportunidades de trabalho e maiores rendas para as famílias. Com esse intuito, esta dissertação é composta de dois artigos que objetivaram estimar o efeito das atividades não agropecuárias sobre a renda do trabalho e a quantidade de horas alocadas no mercado de trabalho no meio rural. Essa análise, do primeiro capítulo, abrange o Brasil e as Regiões, utilizando os dados da PNAD de 2009 e 2015. Por sua vez, no capítulo dois, estuda-se o mercado de trabalho da Região do Matopiba, fazendo um comparativo entre os resultados do Censo de 2000 com o de 2010. Ambas as observações foram balanceadas pelo método da Entropia e, em seguida, aplicou-se o Propensity Score Matching. Dos resultados encontrados, constatou-se que a economia rural está cada vez mais dependente das atividades não agropecuárias. De forma específica, para o Brasil e regiões, no primeiro capítulo conclui-se que caso haja uma mudança de atividade, do setor agropecuário para um não agropecuário, haverá um aumento na renda dos trabalhadores, com exceção para a região Centro-Oeste, que apresentou uma renda 27% maior para os trabalhadores agrícolas, em 2015 e 22% para 2009. Quanto às horas de trabalho, concluiu-se que, mais horas são dedicadas às atividades agropecuárias, exceto no Nordeste, que a diferença foi de 2,6 horas a mais para os trabalhadores não agropecuárias em 2015. Os resultados para o Matopiba, referente ao capítulo dois, mostram que em 2010 houve uma evolução de 14,32% a mais na renda, do que o criado pelas atividades não agropecuárias em 2000. Quanto às horas trabalhadas, para o primeiro ano da análise, verificou-se que se um trabalhador agropecuário fosse deslocado para o ramo das atividades não agropecuárias, eles tenderiam a trabalhar 3,37 horas a menos. Para o ano de 2010, os resultados não foram estatisticamente significantes, conclui-se que não existem argumentos suficientes para provar que as atividades não agropecuárias têm relação com as horas trabalhadas por ano.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente – ROBERIO TELMO CAMPOS
Interno  – JAIR ANDRADE DE ARAUJO
Externo à Instituição – JOSÉ EUSTAQUIO RIBEIRO VIEIRA FILHO – IPEA

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